quinta-feira, 26 de julho de 2012

Da maturidade


Eu esperava outra coisa da maturidade.
Esperava não vê-la – cristalina.
Não perceber que é ela quem me põe a caminhar quando não quero.
Ela me põe na cozinha, na estrada, no Banco pagando contas,
escolhendo tomates no mercado, escolhendo feijão,
escolhendo amigos – esse sim, esse não.
Ela é quem me diz que é tudo processo, que é tudo conjuntural.


Da falta de amor, a maturidade me diz, é assim mesmo.
Da falta de dinheiro, a maturidade me diz, é assim mesmo.
Da falta de mão, a maturidade me diz, é assim mesmo.
Da desilusão, é… é assim.
E sobre o romance, é assim também.
Passeio, o Taim, a Foz do Iguaçu, eu queria ir, mas é assim mesmo.
A maturidade me diz que se tem um tempo para tudo,
só que nunca se sabe que o tempo é aquele aqui, naquele momento.
Quando se percebe o tempo é porque ele passou.
A maturidade me diz isso sempre.
O teu tempo passou.
É assim mesmo.
Agora é outro tempo.
Ana Carolina M.Silva


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